Evento
contará com a estreia em Natal da exposição
"Entre
Virgulinos", do artista plástico Sérgio Azol.
Acontece
nesta quinta-feira (5), a reabertura do Solar Bela Vista, o Centro de Cultura
de Lazer do SESI. O espaço é utilizado
para fins educativos e artísticos e culturais desde a década de 80 quando o Sistema
FERN, através do SESI/RN, comprou o casarão, realocou as nove famílias que
então viviam no cortiço e bancou a restauração do imóvel.
A gerente do
Solar Bela Vista, Dodora Guedes, e o artista Plástico, Sérgio Azol foram os
entrevistados de hoje no Jornal 96. Em entrevista, Dodora falou sobre a
reabertura e explicou sobre reforma realizada no local. Sérgio Azol,
responsável pela exposição de abertura "Entre Virgulinos", deu
detalhes sobre as obras de arte que serão exibidas e comentou curiosidades
sobre o que será apresentado ao público amanhã, das 10h às 17h.
O prédio
ficou fechado durante um ano para adequações solicitadas pelo Corpo de
Bombeiros. Segundo Dodora, a demora foi motivada pela espera de verbas para
realizar a reforma. “Estamos vivendo um efeito de uma crise econômica há um
tempo e nós fomos esperando o tempo certo para termos o recurso necessário”,
disse.
Dodora
acrescentou que Natal não tinha uma casa preparada para receber exposições, e
que o solar vem para mudar essa realidade. “A cidade estava precisando de um
espaço de exposições e eu quero que as pessoas aproveitem”.
O artista
plástico, Sérgio Azol está pela primeira realizando uma exposição na capital
potiguar. Segundo ele “é um sonho realizado”. “Tenho trabalhado nesse tema há
uns dois anos e estava procurando um local adequado para expor. Conversando com
Dodora acabei descobrindo que o Solar ia reabrir”, lembra.
De acordo
com o artista, produzir arte sobre lampião na estética do cangaço foi uma forma
de se aproximar mais de suas minhas origens. “Lampião está invadindo Natal no
século XXI. Nas minhas telas faço um caldeirão da estética do cangaço com a cultura
popular nordestina. São telas exclusivas preparadas para essa exposição”.
São 40 obras
mais escultura, colagem, ilustrações e tela sendo expostas gratuitamente até o
dia 5 de dezembro. O artista argumentou
que fez um paradoxo de como lampião vivia. “Ao mesmo tempo em que ele era um
assassino sanguinário, ele era um artista. Ele criava as próprias roupas, ele
desenhava tudo aquilo, ele costurava na maquina. E eu transporto esse paradoxo
pra tela. Eu trato de um tema trágico que é o cangaço, de uma forma colorida,
alegre, porque quero mostrar o lado artístico dele”, acrescenta
Dodora
Guedes destacou que esse ano o local só vai contar com a exposição de Azol, mas
acrescentou que a programação do Solar será remontada para 2016. “Vamos esperar
para o próximo ano. Muitas coisas estão por vir”, garante.
Outro
detalhe dado pela gerente é que a transferência dos cursos que eram ministrados
no Solar para o Sesi possibilitou a abertura de outros. “Todos os alunos, coral, instrumentos foram
todos transferidos pra lá [Sesi] e isso deixou o solar livre para outras
linguagens culturais. Antes improvisávamos, e hoje não é necessário mais isso”,
salienta.
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