Fátima
Bezerra reage aos que defendem a saída de Dilma Rousseff
e acusam o
ex-presidente Lula
A senadora
Fátima Bezerra é enfática na reação contra os que defendem o impeachment da presidente
Dilma Rousseff e contra os que acusam o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ela classifica como golpistas os líderes de mobilizações pela saída de
Dilma Rousseff da presidência. Aponta o senador José Agripino, presidente
nacional do DEM, e o deputado Paulinho da Força, do Solidariedade, como alguns
dos responsáveis pela tentativa de “golpe via impeachment”. Na defesa do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Fátima Bezerra afirma que notícias
sobre suspeitas que envolvem o petista são meras calúnias. Ao responder sobre
política local, ela comenta que faltou “sensibilidade e solidariedade” do
deputado Fábio Faria no episódio da substituição do presidente da CBTU. Mesmo
assim, afirma que o PT conta com o apoio do PSD em 2016.
Estamos a
menos de dois meses de encerrar uma legislatura conturbada, o que ainda será
discutido e votado até o encerramento das atividades neste ano?
No que está
indicado, o Congresso deve apreciar o parecer do TCU que foi pela rejeição das
contas da presidenta Dilma. Entretanto a tendência é não seguir o parecer do
TCU e aprovar as contas da presidenta. Depois, tem a votação da DRU
(Desvinculação das Receitas da União) e também dos vetos. Associado a isso há
pautas de iniciativa dos parlamentares que estão em tramitação e a apreciação
do orçamento de 2016.
A senhora diz que a tendência é
de não aprovar o parecer do TCU pela rejeição das contas. Com base em que faz
essa afirmação?
Está
prevalecendo o bom senso e a responsabilidade, a seriedade da maioria dos
parlamentares que formam a comissão mista do orçamento no sentido de não
concordar com os termos do TCU para rejeitar a prestação de contas da
presidenta Dilma. Aliás, algo inédito. Foi a primeira prestação de contas a ser
apreciada e rejeitada. Segundo, as razões que o TCU elencou para proferir o
voto de rejeição não se justificam. Não têm conteúdo do pondo de vista de
improbidade. São procedimentos de natureza fiscal que tanto o governo da
presidenta Dilma, quando o governo do presidente Lula, quanto o de Fernando Henrique
fizeram. Em função das dificuldades pontuais que os governos enfrentam para
fechar o orçamento, lançam mão do empréstimo do tesouro versos os bancos
públicos. Com esses empréstimos, em determinado momento, o tesouro não teve
condições de repor no prazo previsto e prorrogou a dívida. É a isso que se
chama de pedaladas.
Houve empréstimos [do governo federal junto
aos bancos públicos] que não foram saudados no prazo previsto?
Exatamente.
Com um detalhe, isso que se convencionou chamar de pedaladas foram feitas em
função do compromisso do governo, politicamente, e do ponto de vista social,
acertado, para não prejudicar programas sociais de grande repercussão para a
vida do povo brasileiro, como o Bolsa Família e Minha Casa Minha Vida. Por
isso, o sentimento hoje no Congresso é de que o parecer apresentado pelo TCU
não terá o referendo. Agora, quero adiantar que, ao lado da pauta do governo,
tem uma agenda que deve merecer da sociedade toda uma vigilância para não
deixar avançar a agenda conservadora no Congresso Nacional, capitaneada pelo
presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Refiro-me ao projeto de lei da
terceirização, à flexibilização do estatuto de desarmamento, ao projeto de lei
que trata de destinar para o Congresso a demarcação das terras indígenas e, por
último, o ataque à cidadania que foi a proposta de Eduardo Cunha que visa
criminalizar as mulheres que, de acordo com a legislação existente, têm direito
à assistência à saúde nos casos de aborto legal. Esse é o perigo maior, uma
escalada conservadora, sem precedentes na história recente do nosso país.
E o impeachment? Prospera?
Sempre
comunguei daqueles que nunca acreditaram que prosperaria a tese do impeachment
contra a presidenta Dilma. Continuo com essa convicção. Não prosperou, não
prospera e não prosperará. Por razões, enfim, que o partido, o PT e os setores
que não concordam com a tese do impeachment apresentam. Apesar de estar na
Constituição, precisa ter um fato concreto, que seria a presidenta cometer um
crime de responsabilidade direta, de improbidade administrativa, isso não
existe, não existiu e não existirá. A vida de Dilma e de seus familiares já foi
vasculhada de todas as formas e nunca encontraram nada e não vão encontrar. Ela
tem uma história e uma trajetória de vida pautada pela ética, honestidade,
coragem e espírito público. Portanto, não há base jurídica. Por outro lado,
base política existe? Acho que não. Não há apoio popular, mesmo com os índices
de baixa popularidade que o governo enfrenta, não há base para turbinar o
processo de impeachment. E, por fim, a população tem sua sabedoria. Está vendo,
em todos os processo de investigação, da Lava Jato, a presidenta Dilma,
republicana, com respeito à investigação para aperfeiçoar os mecanismos de
controle social e investigação da corrupção. Nunca se investigou tanto quanto
nos governos do PT. E setores que lideram a tentativa de golpe são muito
questionados do ponto de vista ético e moral, indiciados no Supremo Tribunal
Federal, respondem a inquérito de improbidade administrativa. Quem são os
líderes do impeachment? Paulinho, do Solidariedade? Ele é réu no Supremo Tribunal
Federal.
A senhora considera que os
lideres do movimento favorável ao impeachment tentam aplicar um golpe?
Sim, tentam
um golpe via impeachment.
Quem seria líder de uma
“tentativa de golpe”?
Paulinho, do
Solidariedade, que é réu no Supremo Tribunal Federal. O senador José Agripino,
presidente nacional do DEM.
Ele tenta liderar um golpe?
Sim. Ele
[José Agripino] é um dos que tem mais se empenhado na tese do golpe,
exatamente, via impeachment. O senador
José Agripino inclusive é reincidente. Já foi indiciado em função da delação de
George Olímpio e agora na Operação Arena das Dunas. Ao contrário dele, não
estou condenando, não. Como qualquer outro acusado, ele tem direito a ampla
defesa. Quero pontuar que aqueles que se apresentam na linha de frente na
defesa do golpe via impeachment são pessoas que estão passíveis de
questionamentos de natureza ética. Outro é o próprio presidente da Câmara.
A senhora disse que os pedidos
não têm base popular, mas há pesquisas de opinião pública que apontam apoio majoritário a um
possível afastamento da presidente...
Olha, eu
respeito, mas essas pesquisas, não refletem o verdadeiro sentimento da nação,
do povo brasileiro, de compactuar com um processo de impeachment sem base e sem
respaldo constitucional.
Acha que essas pesquisas não têm
fundamento?
Não, não
refletem o sentimento real do povo brasileiro...
E as manifestações que levaram
milhões às ruas?
As
manifestações, respeitamos. Aliás, têm de tudo lá, um conteúdo que alimenta o
preconceito, o ódio e a intolerância. Até aqueles que defendem a volta do
militarismo e a ditadura militar. Esses movimentos já estavam, e agora mais do
que nunca estão instrumentalizados pela oposição de direita. Claro que há as
dificuldades que o governo passa do ponto de vista da economia.
A senhora tem convicção de que a
maioria não é favorável ao afastamento?
Eu percebo
isso na maioria do brasileiro, o sentimento do povo.
Percebe na maioria o desejo de
permanência da presidente?
O sentimento
do povo brasileiro é pela permanência. Não compactuaria com um caminho desse,
nessas circunstâncias. O povo tem sensibilidade. Parte do próprio empresariado
também. Setores que são contra o governo Dilma sabe o preço e as consequências
do ponto de vista social que teríamos, para um país como o Brasil, ver uma
presidente eleita ser apeada do poder.
Realmente,
teve banqueiro e grandes empresários que deram declarações de apoio a
presidente, de preferência à permanência...
Preferem...
E no próprio PSDB tem setores que não defendem essa via do impeachment, porque
consideram o preço, as consequências sociais e que não tem base jurídica. Mas
tem setores liderados pelo presidente Aécio Neves, com ânsia do poder pelo
poder.
Mas o empresário Flávio Rocha deu
uma declaração de que o afastamento deveria ser rápido...
Acho que foi
uma voz isolada. Flávio Rocha, com a origem nordestina que a família dele tem,
sabe o que significou o legado de doze anos dos governos do PT do ponto de
vista da inclusão social, da geração de emprego, da distribuição de renda, do
grande mercado de massas que foi criado neste país, inclusive ele, na condição
de empresário vitorioso se beneficiou e muito. Não é por causa das dificuldades
que estamos passando, pontuais e momentâneas, que agora não vamos jogar na lata
do lixo todo esse legado de conquistas e avanços que o povo obteve com os
governos do PT.
Há críticas ao ministro Levy no
PT?
Não discuto
essa questão pela via da personalização do ministro Levy. A discussão colocada
hoje é a expectativa e ansiedade que temos para deixar essa fase de ajuste para
trás. A expectativa é que os jurus comecem a cair, o crescimento seja retomado
e as contas e o orçamento sejam equilibrados para darmos curso ao projeto
nacional desenvolvimentista, que teve início com a chegada do presidente Lula
no Governo. Então o debate que está em
curso é nesta direção e há setores no PT que defendem mudança nos rumos da
politica econômica, até porque esse modelo que Levy adotou não foi eficaz na
Europa. E no Governo Fernando Henrique quebrou o país três vezes e entregou ao
presidente Lula em situação de vulnerabilidade social.
A principal liderança do PT, o
ex-presidente Lula está na condição de vidraça agora, com suspeitas, citação de
familiares e ex-auxiliares. Como a senhora tem acompanhado?
Eu encontrei
o presidente Lula e, ainda bem, Graça a Deus, ele é um homem que tem muita fé,
é muito forte, inclusive do ponto de vista espiritual. Claro que está revoltado
com tudo isto, mas firme, de cabeça erguida, porque sabe que é vítima de um massacre midiático, sem proporções na
história política do país. É alvo de calúnias.
Assim como a senhora disse que o
senador do DEM, se houver alguma dúvida sobre ele, deve ser investigado, não
cabe o mesmo raciocínio para o presidente Lula? Havendo dúvida, não deve ser
investigado?
Claro que
ele pode ser investigado, até porque ninguém está acima da lei. Não se trata
disso. Você está fazendo uma pergunta... Eu vou exemplificar: Se trata da
diferença de tratamento.
Há notícia sobre investigação que
envolve Lula ou pessoas próximas a ele, sobre iniciativas de órgão de
fiscalização. Isso é inadequado? Alguém o condenou previamente?
Não, ninguém
o condenou. Mas há diferença. Quando falo em massacre midiático... Vocês sabem disso melhor do que eu. É muito
diferente o tratamento que é dado a setores da oposição, de repente sai uma
matéria e pronto, acabou. Mas o presidente Lula é, semanalmente, acusado por
uma determinada revista, no plano nacional, sem fatos comprobatórios. Enquanto
os outros estão respondendo a inquéritos, o presidente Lula, não.
O ex-presidente Lula não é
investigado? É isso o que se notícia...
Sim...
Aliás, não é nem investigado. Até o presente momento, que eu saiba, inclusive
ele foi colaborar nesses processos na condição de testemunha.
Há informações oficiais de que
foi aberto um procedimento de investigação, no Ministério Público do Distrito
Federal, contra o ex-presidente Lula...
Aí eu não
sei. Essa fase eu não sei. O conhecimento que eu tenho é que o presidente
Lula...
Ele até prestou depoimento nesta
investigação...
Ele prestou
depoimento...
No Ministério Público Federal...
Que eu
saiba... O procurador geral da República colocou que ele iria prestar
depoimento na condição de testemunha.
Há um processo no STF, no qual o
ministro Teori autorizou que ele prestasse depoimento, na condição de
testemunha. E uma investigação sobre ele no Ministério Público do Distrito
Federal.
Sei... Mas,
enfim, como disse, ninguém está acima da lei. O que quero colocar...
Na semana passada houve a notícia
de que instituições ligadas a ele teriam movimentado mais de R$ 50 milhões. A
senhora acha um valor muito significativo?
Mas as
palestras dele são bem remuneradas.
Parece que são até muito bem
remuneradas...
Claro que
sim. As palestras do presidente Lula são bem remuneradas. Deixa eu só falar uma
coisa, ninguém está acima da lei, se o presidente Lula tiver que ser
investigado, que seja. Não pode é ter tratamento desigual. Os da oposição,
quando se apresentam como vestais, a velha imprensa praticamente não os
persegue.
A senhora nunca achou que poderia
haver dúvidas que deviam ser investigas?
Duvidas
podem ser investigadas, mas nunca tive dúvidas sobre o presidente Lula. Estou
olhando nos seus olhos e dizendo: Nenhuma, absolutamente nenhuma. Ele pode ser investigado,
como qualquer pessoa. Eu tenho direito aqui de expor meu pensamento...
Claro...
É público e
notório o tratamento que setores da grande imprensa dá às questões envolvendo o
presidente Lula e o tratamento que dá aos setores que fazem oposição ao PT e ao
governo. Isso é fato. Temos setores que não estão na condição de testemunha.
Temos personalidade que estão respondendo a processos, no entanto, o tratamento
que recebem de setores da grande imprensa é muito benevolente. Enquanto isso, o
presidente Lula tem sido cotidianamente, semanalmente, atacado por uma
determinada revista. Conhecemos, inclusive, muito bem a reputação dela. Ainda
bem que saiu agora o direito de resposta. Mas, enfim, quero colocar que isso
tudo tem uma explicação, esses setores temem a força política que ele tem,
enquanto maior liderança política do país. Mesmo com toda essa perseguição, as
pesquisas mostram um capital político eleitoral forte. É verdade que mostram um
aumento da rejeição, até porque há esse cerco hoje. Mas, por outro lado, as
pesquisas não trouxeram motivos para os adversários comemorarem, porque o
senador Aécio, em matéria de rejeição, está no mesmo patamar.
No plano local, como está o
relacionamento com o governador Robinson Faria?
Respeitoso,
de aliados que somos. O PT faz parte do governo.
Por que houve a entrega dos cargo
por parte de pessoas que são ligados à senhora e estavam no governo? Falta de
prestígio?
Não, não se
trata disso. O grupo da qual faço parte fez divulgar uma nota, vocês sabem,
tomaram conhecimento. Não estávamos defendendo o rompimento. Em virtude das
relações políticas e administrativas do nosso grupo com o governo estadual não
estarem respondendo a contento por causa de problemas que existiam, o grupo
achou que era mais oportuno entregar ao partido os poucos cargos que detínhamos
e pronto. Continuamos aliados. Nosso mandato está, e sempre estará, à
disposição do governador para as ações que promovam o desenvolvimento econômico
e social do Rio Grande do Norte. Nosso mandato é de perfil republicano e sempre estará de prontidão para ajudar o
nosso Estado.
O grupo divulgou uma nota com
teor crítico ao governo do Estado, apontou problemas administrativos,
dificuldades de relacionamento do governador. A senhora reafirma essas
críticas?
O grupo
colocava naquele momento o que vocês viram, o que está lá na nota. Houve
dificuldades, apesar da boa vontade do governador, para Rodrigo Bico enquanto
gestor na Fundação José Augusto.
Havia outras críticas, como a
forma da exoneração...
No episódio
da exoneração da professora Socorro Batista, a crítica procede, sim, porque o
governador tomou a decisão sem ter nenhum diálogo com a professora que era a
secretária adjunta e nosso grupo, que poderia ser ouvido. Teríamos condições de
mediar para não haver necessidade de exoneração, a professora pediria a
exoneração e não precisaria deste ato extremo, até para preservar a imagem do
governo e do governador. O partido, a professora e o nosso grupo não foram
comunicados. A postura não foi adequada. Em meio a uma greve que se prolongou
demais, com todas as consequências para
os professores, os estudantes e o Estado. Greve essa que a todo momento me
empenhei muito e insisti junto ao governo para, apesar das dificuldades
orçamentárias e financeiras, haver um esforço junto ao Ministério Público para
resolver aquela situação.
Na substituição do presidente da
CBTU no Estado, houve insatisfação com a articulação do deputado do PSD para
tirar um dirigente ligado à senhora?
Faltou
sensibilidade política por parte do deputado [Fábio Faria], do próprio ministro
[Gilberto Kassab], que comanda a pasta. Não se tratava de briga por cargo. O
gestor que estava à frente, João Maria Cavalcanti, é extremamente preparado,
muito respeitado, deu uma contribuição enorme. O projeto do VLT tinha morrido.
Quem salvou fui eu e agradeço à ministra Miriam Belchior, na época. Mas não
bastava fazer essa ponte. Se não houvesse um gestor na ponta, com capacidade técnica de liderar
uma pequena equipe, não seria possível o projeto andar. Ele é filiado ao PT,
portanto, parceiro do governador também.
Nosso grupo não esperava que de repente um partido parceiro nosso, enfim...
Tivesse aquela iniciativa?
Não esperava
que eles tomasse uma atitude como tomaram. Faltou sensibilidade, faltou
solidariedade, até porque o próprio governo federal tinha disponibilizado
outros dois cargos para que o deputado indicasse, claro, com nomes de perfil
adequado. Em conversa com o deputado Fernando Mineiro, com o suplente de
deputado Adriano Gadelha, o governador tinha assegurado que a situação estava
contornada. Ele próprio reconhecia que João Maria era um gestor preparado, um
parceiro importante, mas houve aquele desfecho.
A senhora acha que o governador
precisa mudar o estilo ou a administração?
Não vou me
referir a isso. Mas considero importante afirmar que não se trata de disputa de
cargos. O projeto da CBTU diz respeito a um dos maiores desafios que temos, que
é o da mobilidade urbana e tínhamos um gestor lá com méritos.
O PT não fica em uma situação
estranha no Estado, com parte do partido insatisfeita com o governo ao ponto de
entregar os cargo, e parte satisfeita, uma vez que continua na administração?
Mais
adequado seria que as coisas não fossem assim.
Preferia que o partido tomasse
uma posição?
Não, não.
Deixei muito claro a posição. Em nenhum momento defendemos rompimento político
do PT com o PSD. Por uma razão, nós temos uma aliança no plano nacional, não só
com o PSD, mas também com um conjunto de partidos. Temos clareza que não cabe
defender o rompimento aqui com o PSD.
Uma preocupação com uma
candidatura da senhora em 2018 ao governo, possível adversária do atual
governador, estaria influenciando neste relacionamento?
Esta
pergunta deve fazer a eles. Se alguém tiver pensando desta maneira, é um grande equívoco.
Mas pensa nesta possibilidade?
Não, não
penso. Nosso pensamento neste momento é contribuir com a defesa do nosso
partido, principalmente neste momento em que o partido vive a maior crise de
sua história. Essa corrente quer fazer o diálogo para dentro no PT, do ponto de
vista de resgatar os valores históricos, as bases, enfim a defesa do governo e
do projeto. E tem 2016 pelo meio. Além disso, o que nos move para 2018 é pensar
na volta da candidatura do presidente Lula.
O PT vai ter mesmo candidato
próprio em Natal?
Sim, isso já
está decidido. Por duas razões: Fernando Mineiro deseja ser candidato e o
partido está unido. Não tenho dúvida de que Mineiro, por sua história, está à
altura de representar o partido, ser um bom candidato e, se eleito, ser um bom
um prefeito de Natal.
E acredita que o governador
manterá o compromisso de apoiar Mineiro à Prefeitura?
No dia da
comemoração da vitória, Robinson lançou a candidatura de Mineiro a prefeito.
Depois, convidou Mineiro para ser líder do governo na Assembleia. Função que
Mineiro vem desempenhando com preparo técnico, dedicação e seriedade. Não vejo
motivo para Robinson mudar de opinião. Nós, que fazemos, o PT esperamos o apoio
e o engajamento do partido dele à candidatura de Mineiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário