A
inadimplência do rotativo do cartão de crédito é a mais alta entre as
modalidades de empréstimos para pessoas físicas. De acordo com dados do Banco
Central (BC), a taxa de inadimplência, considerados atrasos acima de 90 dias,
chegou a 38,9%, em setembro, a mais alta desde janeiro de 2012 (38,3%) e a
maior para o mês já registrada na série histórica, iniciada em março de 2011.
A
inadimplência do cartão supera a do cheque especial (15,3%), a do crédito
renegociado (16,4%) e a taxa total para pessoas físicas (5,7%).
Os bancos
cobram juros mais caro pelo uso do rotativo do cartão de crédito. Em setembro,
a taxa de juros chegou a 414,3% ao ano, muito superior à média dos empréstimos
para pessoas físicas (62,3% ao ano).
O rotativo
do cartão de crédito é a operação em que o cliente financia o saldo devedor
remanescente após pagar somente uma parte da fatura. Também são consideradas
como rotativo as operações de saque na função crédito.
O pagamento
mínimo é de 15% do total da fatura. Ao deixar de pagar o valor total, o cliente
automaticamente contrata uma operação de crédito, com incidência de juros sobre
o saldo não liquidado.
Por meio da
calculadora do cidadão, disponibilizada pelo BC na internet, é possível
verificar quanto custa e quanto tempo leva para quitar a dívida. A ferramenta
também compara os custos de outras modalidades de empréstimos.
Por exemplo,
ao fazer o pagamento de R$ 150 mensais de uma dívida de R$ 1 mil, com taxa de
414,3% ao ano, o consumidor levará 13,9 parcelas para quitar a fatura. O custo
total ficará em R$ 2.089,21, sendo R$ 1.089,21 de juros.
Já o
empréstimo consignado de R$ 1 mil, com pagamento de R$ 150 por mês, a dívida
chega a R$ 1.062,79, sendo R$ 62,79 de juros. Para quitar a dívida, serão 7,1
parcelas e taxa de juros de 27,56% ao ano. No caso do crédito pessoal, a dívida
chegaria a R$ 1.255,49, com taxa de 118,26% ao ano, em 8,4 parcelas.
(***) FONTE: Agência
Brasil
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