Bancários de
todo o país iniciam greve na próxima terça-feira (6), informou o Comando
Nacional dos Bancários, coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores
do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Ontem à noite, foram feitas assembleias em
várias cidades do país: a greve foi confirmada. Em Brasília e em Porto Alegre,
os bancários decidiram pela greve na quarta-feira (30). Mesma situação de
Natal.
A Federação
Nacional dos Bancos (Fenaban) ofereceu 5,5% de reajuste para salários e vales.
A proposta inclui abono de R$ 2,5 mil, não incorporado ao salário. Os bancários
querem reajuste salarial de 16% (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de
aumento real), entre outras reivindicações.
Em nota, a
Fenaban informou que a proposta dos bancos tem o objetivo de compensar perdas
da inflação passada.
“No momento
delicado da economia, a proposta apresentada visa a compensar perdas decorrentes
da inflação passada, sem contaminar os índices futuros, o que iria contra todos
os esforços do governo para reequilibrar os fundamentos macroeconômicos,
possibilitando a retomada do crescimento econômico”, diz o documento.
Para a
federação, o reajuste de 5,5% sobre os salários de 31 de agosto de 2015 vai, no
mínimo, recompor o poder de compra dos trabalhadores dos últimos 12 meses.
“Os
trabalhadores terão ainda um abono de R$ 2,5 mil, a ser distribuído igualmente
para toda a categoria dos bancários, que abrange cerca de 500 mil trabalhadores
– esse valor não será incorporado aos salários – para compensar as perdas
passadas. Seu impacto será maior nos salários mais baixos, indenizando
integralmente as perdas passadas decorrentes da inflação de até 60% dos
bancários”, acrescenta.
Com a
correção, o salário de ingresso de um caixa, após 90 dias no emprego, passa de
R$ 2.426,76 para R$ 2.560,23, diz a Fenaban. “É importante destacar que os
bancários receberão participação de 5% a 15% nos lucros dos bancos, maior
quanto menor for o salário e maior seja a lucratividade da instituição”,
acrescenta. A Fenaban diz ainda que a fórmula de cálculo dessa distribuição é
idêntica à adotada anteriormente com aprovação dos sindicatos.
“Quando sua
aplicação resultar numa soma inferior a 5% do lucro do banco, ela prevê
mecanismos para que o valor pago ao funcionário seja reajustado de forma a
alcançar 5% do lucro ou 2,2 salários do bancário, até o limite de R$
22.884,87”, explica.
(*) FONTE: Agência Brasil
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