Por: Paulo Victor Chagas
O governo
federal inicia nesta quarta-feira (18) uma rodada de negociações com as
centrais sindicais para discutir mudanças na Previdência Social. O grupo de
trabalho foi criado pelo presidente interino Michel Temer nesta semana, e, para
que possa antecipar futuros impasses, vai contar com um representante do
Congresso Nacional.
O objetivo é
apresentar em 30 dias uma proposta de reforma da Previdência. Embora tenha a
intenção de ouvir as propostas e buscar um consenso antes de encaminhá-las ao
Legislativo, o governo já prevê que pelo menos um dos dois fatores, a idade ou
o tempo de contribuição, terá impacto com as mudanças.
Na última
segunda-feira (16), Temer recebeu integrantes das principais entidades que
representam os trabalhadores, com exceção da Central Única dos Trabalhadores
(CUT) e da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), e ouviu
reclamações sobre a ideia de fixar uma idade mínima para a aposentadoria. Os
participantes do encontro disseram que vão tentar sensibilizar as demais
centrais para que participem dos debates.
Apesar dos
argumentos da equipe econômica do governo, os sindicalistas alegam que antes de
pensar em reformar a Previdência, é preciso buscar outras fontes de receitas, e
que os trabalhadores não podem, mais uma vez, arcar com o ônus da crise
econômica. O grupo de trabalho é composto por dois representantes de cada
central sindical e de parlamentares e coordenado pelo ministro-chefe da Casa
Civil, Eliseu Padilha.
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