quinta-feira, 16 de junho de 2016

VALORIZANDO A CULTURA POPULAR GUAMAREENSE


Olhando aqui os meus arquivos, encontrei uma pérola da poetisa/cordelista Isabel Silveira, que a mesma cantou em versos na festa de comemoração dos 54 Anos de Emancipação Política de Guamaré.

Obrigado, minha amiga e grande poetisa Isabel Silveira.


VALORIZANDO A CULTURA POPULAR

Guamaré está em festa
É a emancipação
O povo veio pra rua
Fazer a celebração
Tem arte tem poesia
Missa e inauguração

Já tá fazendo seis dias
Que a festa tá a rolar
Mas hoje é diferente
Por que vai valorizar
Os artistas dessa terra
Linda banhada de mar

A cultura se desmancha
Hoje em verso de cordel
Vou saudar logo a Gonzaga
Que nessa arte é Menestrel
E a Francisco de Betânia
Que é cordelista fiel

E vou ver se tiro uns versos
Que trouxe no meu Borná
Para saudar Guamaré
Nessa noite singular
Que homenageia os poetas
Que moram nesse lugar
  
Viva a cultura e o povo
Que gosta de poesia
Viva o teatro e os livros
As telas e fotografia
Nossa cultura tem tudo
Pra agradar a freguesia

E se o freguês quiser mais
Nossa arte conhecer
Vá a casa da cultura
Que Gonzaga conta a você
Como a cultura popular
Em Guamaré veio nascer

Lá na casa da cultura
Você pode viajar
Pegar carona no trem
da cultura popular
Mas eu recomendo o vagão
que o cordel passear

Eu mesmo vim no vagão
Que trouxe a poesia
Desembarquei nessa festa
Repleta de alegria
Onde os artistas espalham
A sua sabedoria

Mas não posso demorar
Com esse repente não
Porque ainda vamos ver
Uma apresentação
Da História de Guamaré
E sua evolução

A evolução é necessária
Faz uma nação crescer
Por isso é importante
Todo gestor entender
Que a cultura de um povo
Não pode jamais morrer

É preciso investir
Na cultura popular
Os artistas da terra
Tem que se valorizar
Lhe oferecer condições
Pra que possam trabalhar

Guamaré já deu um passo
Pra essa valorização
Fez questão de exaltar
Em sua emancipação
Trazendo todos os artistas
Para uma apresentação

Falar em apresentação
A minha vou terminar
Ainda tem muita coisa
Para se apreciar
E a hora corre ligeiro
O cabra não pode pegar

Sendo assim eu rebolo o verso
O cordel e o cordão
Pra Francisco de Betânia
Fechar a apresentação
E homenagear os artistas
Com uma declamação.

Isabel Cristina Nunes da Silveira Patrício

Guamaré/RN, 06 de maio de 2016.

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