Ao depor
hoje (22) na Comissão Processante do Impeachment do Senado como testemunha de
defesa da presidente afastada Dilma Rousseff, o analista de Planejamento e
Orçamento e coordenador-geral de Tecnologia e Informação da Secretaria de
Orçamento Federal, Robson Azevedo Rung, disse que houve mudança em 2015 do
entendimento do Tribunal de Contas da União sobre a abertura de créditos
suplementares.
“A
Secretaria de Orçamento recebeu uma nova interpretação de algo que já estava
bem sedimentado há bastante tempo. Esta mudança veio em 2015. Tanto é verdade
que, em 2009, aconteceu situação semelhante e não houve nenhum tipo de
apontamento de irregularidade por parte do Tribunal de Contas da União. Mas o
meu papel institucional não me permite entrar em muitos detalhes em relação a
esses aspectos por conta da minha atuação na área de tecnologia da informação”,
afirmou.
Na Comissão
do Impeachment, Dilma é acusada de ter cometido crime de responsabilidade por
causa da abertura de quatro decretos de suplementação orçamentária.
Créditos
Rung afirmou
que não tem conhecimento de interferência política na edição dos créditos
suplementares. “A mim, nunca chegou nesses anos todos que estou na Secretaria
de Orçamento Federal nenhuma solicitação de burlar uma regra, de fazer alguma
coisa que esteja em desencontro com a legislação em vigência”.
Ontem (21),
a ex-ministra do Planejamento e ex-presidente da Caixa Econômica Federal,
Miriam Belchior, ao depor como testemunha de defesa na Comissão do Impeachment,
disse sobre sua estranheza diante do processo contra a presidente ser baseado
em decretos que tradicionalmente, segundo Miriam, eram aceitos pelo Tribunal de
Contas da União. A ex-ministra alegou que, durante 15 anos, esse tipo de decreto
nunca foi questionado, mas “de repente” se tornou motivo para o impeachment da
presidenta afastada.
Agora à
tarde, a comissão ouve a segunda testemunha de defesa do dia, o secretário de
Organização Institucional do Ministério da Defesa, Luiz Antonio de Souza
Cordeiro.
(*) FONTE: No
Minuto
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