O presidente
Michel Temer avalia que a prisão do ex-deputado e ex-presidente da Câmara,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não interferirá nas votações de interesse do governo
no Congresso Nacional. Essa foi a sinalização repassada há pouco pelo porta-voz
da Presidência, Alexandre Parola, ao responder a questionamentos sobre o tema.
De acordo
com Parola, a Operação Lava Jato é "da alçada" do Poder Judiciário e
não terá a interferência do Executivo. As investigações, disse, são um
"sinal de amadurecimento democrático". O porta-voz declarou que Temer
não antecipou sua volta ao Brasil do Japão devido à notícia da prisão
preventiva de Cunha.
"O
presidente tomou conhecimento da prisão preventiva de Cunha quando já estava em
voo de regresso ao Brasil. A decisão de antecipar o regresso, aliás, foi tomada
na noite anterior", diz Parola.
Uma das
questões levadas até o presidente foi se a prisão do peemedebista poderia
prejudicar a aprovação em segundo turno da proposta que cria um limite para os
gastos públicos pelos próximos 20 anos. "A agenda política de recuperação
e reconstrução do Brasil não se confunde com as investigações levadas adiante
pela Justiça. A agenda de reformas e modernização econômica, social e política
responde a uma urgência do povo brasileiro", disse o porta-voz.
Eduardo
Cunha foi preso ontem (19), em Brasília, pela Polícia Federal, depois que o
juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância,
emitiu a ordem de prisão preventiva.
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