quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

INFELIZMENTE, OS PORCOS NÃO TEMEM O AEDES AEGYPTI


Eu vejo pessoas falando ou escrevendo que o poder público tem que fazer algo com urgência para se acabar com a praga de mosquito Aedes Aegypti... Pessoas reclamando que os hospitais estão lotados com surtos de dengue, chikungunya e o zika vírus.

Eu vejo também o poder público fazendo a parte que lhe cabe. Eu vejo os agentes de endemias de casa em casa, verificando as caixas d’águas, combatendo os focos do mosquito, vejo os agentes de saúde conversando e alertando a população sobre os riscos do mosquito Aedes Aegypti, existem palestras feitas pela Secretaria Municipal de Saúde sobre o assunto, o carro fumacê nas ruas, a televisão diariamente fala sobre o assunto.



Mas, o que me deixa estarrecido é uma parcela da população ficar cega diante dessa situação de risco. O que me deixa enojado é ver pessoas se transformando em porcos criando chiqueiros, lixões nas ruas da nossa cidade. Infelizmente, os porcos não temem o mosquito Aedes Aegypti.





Presenciei hoje trabalhadores da limpeza urbana, capinando, limpando canteiros, mas no momento em que eles limpavam a sujeira alheia, presenciei uma pessoa colocando lixo na rua, logo após o carro da coleta ter passado no local.




A rua que fica por trás da Pousada Maranata está com o seu manguezal imundo, pessoas sem o mínimo de educação, estão fazendo daquele espaço um monturo com vários depósitos de plásticos que possivelmente virão a se tornarem criadouros do mosquito. Um lembrete: Toda aquela extensão do Rio Aratuá já foi limpa nessa semana, mas encontra-se de maneira degradante diante da atitude de alguns porcos, isso sem querer ofender os pobres animais.

















Gente, essa luta é nossa. Essa luta não é somente do poder público não. Temos que vencer o mosquito Aedes Aegypti e somente vamos conseguir, se cada um fizer a sua parte, e todos sabem o que se deve fazer, não existe mais ninguém inocente sobre essa epidemia, o que está faltando é conscientização de uma parcela da população.

O MOSQUITO


O Aedes aegypti é um mosquito diminuto de apenas sete milímetros, mas é capaz de transmitir numerosas doenças diferentes, entre elas se destacam estas quatro: a dengue, o zika vírus, a febre amarela e a chikungunya.

As quatro são doenças distintas, ainda que em algumas delas os sintomas possam ser semelhantes, pelo menos no princípio. A doença que se desenvolve depende do vírus que o mosquito carrega. Evidentemente, nem todos os mosquitos dessa espécie estão infectados. Mas é necessário que a própria população faça a sua parte no combate ao mosquito. Vejamos os sintomas causados pela picada do Aedes aegypti.

1. O ZIKA VÍRUS: Após a picada do mosquito, a doença pode ou não se desenvolver. Os sintomas são febre, erupções avermelhadas em todo o corpo, conjuntivite (algo que não acontece nas outras doenças), mal estar geral, artrite nas mãos e pés. Também podem acontecer, em alguns casos, diarreia e dor nos olhos. Os sintomas desaparecem em 5 – 7 dias e não deixa de ser uma doença leve em adultos quando não se trata de uma gestante. Neste caso, os efeitos podem recair no feto. Estuda-se a relação entre o aumento de bebês com microcefalia nas áreas afetadas pelo zika vírus. O vírus, cuja origem é Uganda (África) cruzou o continente americano e já se converteu num pesadelo, sobretudo em países como o Brasil e Colômbia, onde o zika vírus já pode ser considerado uma epidemia.

2. A DENGUE: Essa doença transmitida pelo mesmo mosquito manifesta alguns sintomas muito similares aos do zika vírus. No início aparecem febre e dores musculares. No entanto, no caso da dengue a febre é muito alta e as dores nas articulações muito fortes, quase insuportáveis em alguns casos. Entre seus sintomas se encontram náuseas e vômitos, dores muito fortes de cabeça e uma dor localizada atrás dos globos oculares. Atualmente se pesquisa uma vacina de uma doença que milhões de pessoas sofrem em todo o mundo e que, em muitos casos pode ser fatal, como a dengue hemorrágica.

3. A CHIKUNGUNYA: As dores que aparecem na chikungunya são consideradas insuportáveis. De fato, o seu nome vem de uma palavra africana que significa ‘dobrar-se de dor’. Os primeiros sintomas chegam uns 3 ou 7 dias depois da picada. Além dessas terríveis dores nas articulações, também acontecem náuseas, febre alta e erupções cutâneas em forma de brotoejas de cor púrpura que coçam muito. A diferença das outras três doenças é que os gânglios linfáticos se inflamam e pode sangrar o nariz. O mal desse vírus é que seus efeitos duram meses, inclusive pode se converter em dores crônicas nas articulações. Este vírus também se encontra já em alguns países sul americanos. No momento não existe vacina para esta doença.

4. FEBRE AMARELA: Esta doença afeta, sobretudo países da África, América Central e América do Sul. Os sintomas levam o paciente a sofrer febre, dores nas costas, calafrios, cefaleias, náuseas e perda de apetite. Se a doença se agravar pode aparecer icterícia e vômitos e sangramentos internos e das mucosas. Para esta doença já existe vacina. Orienta-se que as pessoas que quiserem viajar para áreas com grande ocorrência da febre amarela que toma a vacina pelo menos 10 dias antes da viagem.


E aí? Vamos ficar a mercê desse mosquito ou vamos vencer essa batalha? A escolha é sua...

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