Eu vejo
pessoas falando ou escrevendo que o poder público tem que fazer algo com
urgência para se acabar com a praga de mosquito Aedes Aegypti... Pessoas
reclamando que os hospitais estão lotados com surtos de dengue, chikungunya e o
zika vírus.
Eu vejo também
o poder público fazendo a parte que lhe cabe. Eu vejo os agentes de endemias de
casa em casa, verificando as caixas d’águas, combatendo os focos do mosquito,
vejo os agentes de saúde conversando e alertando a população sobre os riscos do
mosquito Aedes Aegypti, existem palestras feitas pela Secretaria Municipal de Saúde
sobre o assunto, o carro fumacê nas ruas, a televisão diariamente fala sobre o
assunto.
Mas, o que
me deixa estarrecido é uma parcela da população ficar cega diante dessa
situação de risco. O que me deixa enojado é ver pessoas se transformando em
porcos criando chiqueiros, lixões nas ruas da nossa cidade. Infelizmente, os
porcos não temem o mosquito Aedes Aegypti.
Presenciei
hoje trabalhadores da limpeza urbana, capinando, limpando canteiros, mas no
momento em que eles limpavam a sujeira alheia, presenciei uma pessoa colocando
lixo na rua, logo após o carro da coleta ter passado no local.
A rua que
fica por trás da Pousada Maranata está com o seu manguezal imundo, pessoas sem
o mínimo de educação, estão fazendo daquele espaço um monturo com vários
depósitos de plásticos que possivelmente virão a se tornarem criadouros do mosquito.
Um lembrete: Toda aquela extensão do Rio Aratuá já foi limpa nessa semana, mas
encontra-se de maneira degradante diante da atitude de alguns porcos, isso sem
querer ofender os pobres animais.
Gente, essa
luta é nossa. Essa luta não é somente do poder público não. Temos que vencer o mosquito
Aedes Aegypti e somente vamos conseguir, se cada um fizer a sua parte, e todos
sabem o que se deve fazer, não existe mais ninguém inocente sobre essa
epidemia, o que está faltando é conscientização de uma parcela da população.
O MOSQUITO
O Aedes
aegypti é um mosquito diminuto de apenas sete milímetros, mas é capaz de
transmitir numerosas doenças diferentes, entre elas se destacam estas quatro: a
dengue, o zika vírus, a febre amarela e a chikungunya.
As quatro
são doenças distintas, ainda que em algumas delas os sintomas possam ser
semelhantes, pelo menos no princípio. A doença que se desenvolve depende do
vírus que o mosquito carrega. Evidentemente, nem todos os mosquitos dessa
espécie estão infectados. Mas é necessário que a própria população faça a sua
parte no combate ao mosquito. Vejamos os sintomas causados pela picada do Aedes
aegypti.
1. O ZIKA VÍRUS: Após a picada do mosquito, a
doença pode ou não se desenvolver. Os sintomas são febre, erupções avermelhadas
em todo o corpo, conjuntivite (algo que não acontece nas outras doenças), mal
estar geral, artrite nas mãos e pés. Também podem acontecer, em alguns casos, diarreia
e dor nos olhos. Os sintomas desaparecem em 5 – 7 dias e não deixa de ser uma
doença leve em adultos quando não se trata de uma gestante. Neste caso, os
efeitos podem recair no feto. Estuda-se a relação entre o aumento de bebês com
microcefalia nas áreas afetadas pelo zika vírus. O vírus, cuja origem é Uganda
(África) cruzou o continente americano e já se converteu num pesadelo,
sobretudo em países como o Brasil e Colômbia, onde o zika vírus já pode ser
considerado uma epidemia.
2. A DENGUE: Essa doença transmitida pelo
mesmo mosquito manifesta alguns sintomas muito similares aos do zika vírus. No
início aparecem febre e dores musculares. No entanto, no caso da dengue a febre
é muito alta e as dores nas articulações muito fortes, quase insuportáveis em
alguns casos. Entre seus sintomas se encontram náuseas e vômitos, dores muito
fortes de cabeça e uma dor localizada atrás dos globos oculares. Atualmente se
pesquisa uma vacina de uma doença que milhões de pessoas sofrem em todo o mundo
e que, em muitos casos pode ser fatal, como a dengue hemorrágica.
3. A CHIKUNGUNYA: As dores que aparecem na
chikungunya são consideradas insuportáveis. De fato, o seu nome vem de uma
palavra africana que significa ‘dobrar-se de dor’. Os primeiros sintomas chegam
uns 3 ou 7 dias depois da picada. Além dessas terríveis dores nas articulações,
também acontecem náuseas, febre alta e erupções cutâneas em forma de brotoejas
de cor púrpura que coçam muito. A diferença das outras três doenças é que os
gânglios linfáticos se inflamam e pode sangrar o nariz. O mal desse vírus é que
seus efeitos duram meses, inclusive pode se converter em dores crônicas nas
articulações. Este vírus também se encontra já em alguns países sul americanos.
No momento não existe vacina para esta doença.
4. FEBRE AMARELA: Esta doença afeta, sobretudo
países da África, América Central e América do Sul. Os sintomas levam o
paciente a sofrer febre, dores nas costas, calafrios, cefaleias, náuseas e
perda de apetite. Se a doença se agravar pode aparecer icterícia e vômitos e
sangramentos internos e das mucosas. Para esta doença já existe vacina.
Orienta-se que as pessoas que quiserem viajar para áreas com grande ocorrência
da febre amarela que toma a vacina pelo menos 10 dias antes da viagem.
E aí? Vamos
ficar a mercê desse mosquito ou vamos vencer essa batalha? A escolha é sua...
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